Danae

Danae
Klimt, Gustav

terça-feira, maio 29, 2007


Neruda hoje fala melhor sobre mim do que eu...

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.


[Pablo Neruda]


"na busca por amor, tendo a acreditar que tudo na vida o é
mesmo sabendo não ser... Essa procura/espera talvez inútil

me corta toda por dentro.
Estou renovando olhares, reescolhendo caminhos, re(conhecendo)
amigos, re(caminhando) sobre alguns passos dados - apagando
alguns vestígios - ...
Mais uma vez cansei.
Busco agora, mais uma vez, recomeçar. Mas dessa vez estou
muito perdida..."

domingo, maio 27, 2007

Nasci pra sentimentos e momentos arrebatadores,
intensos.
Nada morno.
Ou quente ou gelado.
Extremos.

Ou tudo ou nada.
Sofro com o meio termo.
O meio do caminho é o pior lugar pra mim.
A não ser que eu não sinta meus pés no chão.
Faça-me voar e me terá ao seu lado.
Deixe-me no chão e me terá voando, longe de você.

"- Essa menina é 8 ou 80...
- E quando bebe ela dança com as mãos.
- Essa menina olha esquisito,
como se quisesse ver por dentro.
- Ela realmente quer.
- O que ela realmente quer???"

Se ela soubesse...
Se ela dissesse...
Se ela quisesse...
Você talvez não acreditasse...



27.05
20:55

quinta-feira, maio 24, 2007

"Relutei muito antes de por uma letra de música aqui...
Toda resistência tem seu fim"


Tudo sem nada ter
Canto Dos Malditos Na Terra do Nunca

Pra toda fome tudo que some ,

por que tem que ser
Tudo tem nome
São tantos nomes ,
sem nada ter
Sou todo ao tempo e todo tempo tento me satisfazer

Para os que acham ,
que a vida é falta do que fazer
Não se acha mais a solução
tudo as vezes so é falta de opção
quando se tem ou não tem razão
Pra toda fome tudo que some ,
por que tem que ser
Tudo tem nome
São tantos nomes ,
sem nada ter
O que será da vida dos que não tem nada a perder
Não se acha mais a solução
tudo as vezes so é falta de opção
quando se tem ou não tem razão

quarta-feira, maio 23, 2007

“Tudo me quieta, me suspende.”

"...estou sem ar...


Porque meu coração para na espera de algo que não vem???
Ainda quero que me ensinem a “ter o casco duro e o coração mole”

Estou desesperando-me.
Por vezes acho que perdi o rumo mais uma vez...

Sobretudo estou viva e ainda não sei qual saldo disso tudo.

Enterro as unhas na garganta para respirar... Me vem teu cheiro no primeiro sopro..."



http://www.youtube.com/watch?v=A_eBS0sjumw

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segunda-feira, maio 21, 2007

Nos dias em que me esqueces as horas não passam.
Nos dias em que me deixas o tempo não flutua, tomba como chumbo ao chão.
Nos dias em que me faltas, anestesio-me. Paro e conto apenas a tua lembrança.

Já não há mais como fugir, e por isso fujo.
Já não há mais cuidados, e por isso cuido de te esquecer...

sábado, maio 19, 2007


Ano passado, nesta mesma época as borboletas amarelas estavam sobrevoando a cidade e meu coração não sabia de nada.
Dei por conta da presença delas novamente esta semana.
Meu coração ainda não sabe...
Estou querendo encontrar o local no qual residem os meus desejos.
Estou perdida entre tantos e tão dispersos...

Preciso urgentemente ganhar na Mega-Sena!!!
Não quero ter mais nenhum problema por limitação financeira.
Quero passar a vida inteira fazendo apenas o que me da prazer.
Quero viajar pelo mundo a fora, aprendendo línguas, culturas e praticando o Kama-Sutra... hahaha...
E só parar quando eu quiser.

Definitivamente não me moldo as necessidades.
Parece que quanto mais eu preciso manter algo mais me desapego à este algo.
Não sei mais se amo, se quero, se desejo, se sofro...
Não sei mais onde está meu coração melão...


Ai vai um textinho dos idos de 2005.
Aparentemente pouco mudou, mas lembrem-se que as aparências enganam!

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Borboletas amarelas

Ingênuos são os pretextos de quem parte sem nada deixar.

No meu disparatado intento de tudo deixar sem nada levar, sem nada querer pra mim senão aquilo que já era meu desde o princípio.Retorno, no entanto, com os braços cheios de fuga e algo mais que o meu fervente desejo por sua presença. Um ramo de inconstância e um cesto transbordante de ternura.A impaciência dos golpes implacáveis deste motor que vive a sangrar. E como sempre, cada gota ao cair não faz mais que devolver a vida ao invés de arrancar.Prolongando assim este torturante estado de prazer, fazendo do meu amor uma tarefa.Apropriando-se, vacilante e alegre, de todos os meus momentos, de cada arrancar da respiração, e quase exclusivamente, de todo sentimento que venha brincar entorno de cada instante.Despreocupadamente retirando a vã possibilidade de um ordinário amor que não poderá corresponder-me.


Carolina Miquelassi
13.03.05
"O amor, o que procuro desde sempre, ás vezes me parece tão distante, tão diferente de mim..." [Melissa Panarello - Cem escovadas antes de ir para a cama]

terça-feira, maio 15, 2007

Agora é a vez da Ana falar!!!


Protuberância
Este sorriso que muitos chamam de boca
É antes um chafariz, uma coisa louca
Sou amativa antes de tudo
Embora o mundo me condene
Devo falar em nariz(as pontas rimam por dentro)
Se nos determos amanhã
Pelo menos não haverá necessidades frugais nos espreitando
Quem me emprestar seu peito ma madrugada
E me consolar, talvez tal vez me ensine um assobio
Não sei se me querem, escondo-me sem impasses
E repitamos a amadora sou
Armadora decerto atrás das portas
Não abro para ninguém, e se a pena é lépida, nada me detém
É sem dúvida inútil o chuvisco de meus olhos
O círculo se abre em circunferências concêntricas que se
Fecham sobre si mesmas
No ano 2001 terei (2001-1952=) 49 anos e serei uma rainha
Rainha de quem, quê, não importa
E se eu morrer antes disso
Não verei a lua mais de perto
Talvez me irrite pisar no impisável
E a morte deve ser muito mais gostosa
Recheada com marchemélou
Uma lâmpada queimada me contempla
Eu dentro do templo chuto o tempo
Um palavra me delineia
VORAZ
E em breve a sombra se diluir
Se perde o anjo
[Ana Cristina Cesar]

sábado, maio 12, 2007

Meu Adriano

O que fazer se não consigo dormir enquanto não puser essas palavras no papel pra te entregar? Levanto da cama e vou à escrivaninha então.

Você me deu e tirou tudo. Você me tirou todo o medo, toda a dor, toda a ansiedade e também toda a paz. O que fazes comigo Adriano desde que nos olhamos pela primeira vez? Será ilusão tudo que penso sentir? Será que estou enlouquecida? Será que me encontro tão dissociada de você que ao ouvir me perguntarem meu nome pronuncio o seu? Sim, estou.

Por quanto tempo viva não poderei deixar que não façam parte dos meus dias as lembranças doces de cada olhar que me deste, de cada puxão de cabelos ou de orelha, de cada telefonema nas horas menos esperadas e nas muitas esperadas também. És o amor maior de minha vida e isso me deixa tão tranqüila pela calma da certeza de ter encontrado o que tantos atravessam a vida toda a buscar... No entanto amado meu eterno, me deixas neste mesmo instante. Me das às costas e finges até nem mesmo teres me amado um dia.
Parece loucura meu anjo se pareço não morrer por este abandono? Parece loucura se te digo que minha certeza de nosso amor ser infinito me supre de forma inequívoca?
Não. Vejo tudo isso como um sonho ruim.

Lembra de tantas tardes ao sol? Tantas conversas enviesadas antes daquele primeiro beijo... Roubado? Por quem mesmo? Lembro-me de tuas cartas quando começaste a escrever-me em absoluto estado de torpor... Acho que sonhara meu doce anjo. Acho que tanta felicidade só pode ser fruto de uma loucura sem precedentes. Acho que antes eu era louca e hoje sou...

Adriano sou eu. Não submissa, mas amante. Não frágil, mas inteira. Olha-me e diz refletindo cada movimento de seus lábios em minhas retinas, dize-me a mim que não mais me tens amor. Dize-me para que eu poça morrer de um só sopro, sem dor, porque não viveria um só segundo sob está realidade. Pelo simples fato de que só existo para o seu amor e para além dele nada de mim persiste. Nem pele, nem ossos, nem sangue, nem cabelos, nem sorriso, nem olhos, muito menos dor, amor ou suspiros...

Sim, eu mentia. Não há em mim nenhuma serenidade. Como pode haver equilíbrio em um lar sem paredes. Não há sono que me sossegue, nem brisa que me seque as lágrimas da alma. Não há paz sem esse amor.
Apaga, apaga, apagaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa todas as minhas palavras e ações.
Apaga de mim todas as certezas de amor.
Apaga de mim a lembrança desse inútil amor!
Apaga de mim essa necessidade infinita de te ter ao meu lado como um amigo que seja. Apaga de mim a dor de rasgo que me parte os olhos ao imaginar seu amor a outro alguém.
Corta-me todo o corpo e dê de alimento aos peixes no mar.
Queime-me viva e lentamente em praça pública. Expurgue de mim esse amor que não deveria me dominar assim.
Mata-me Adriano, mas não vá.
Morrerei eternamente até o dia em que cansem da minha dor e me dêem o direito de descansar.
Morrerei a cada passo que der sem ti. Morrerei a cada sabor que não compartilhes comigo. Morrerei a cada descoberta que não puder vir da cor de seus olhos nos meus. Morrerei a cada tarde e sempre que me lembrar da tua ausência. Morrerei enfim em cada sorriso que não conseguir abrir por não tê-lo mais em mim.
Morrerei até que morra este amor em mim. E aí então mais uma vez te amarei só para então poder deixar que me matem da única doença da qual vale a pena morrer: você!

Tua Elisa

(Fragmentos de uma carta de amor)

segunda-feira, maio 07, 2007



Cadê a droga do meu vazio?

#meu amor tem uma cicatriz no peito esquerdo

[roubaram-lhe o coração]

#sei porque entrei lá pra pega-lo e não encontrei nada
além das artérias soltas.
Quis dar-te o meu mas não serviu

[havia um buraco que quis me comer]

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Chove solidão.

- Ouve seu som na vidraça!

#as lágrimas caem destes olhos cansados

- Diz-me, para onde vão os sonhos quando nossos olhos secam?_____________________________________________________
ataraxia


(cs) [Do gr. ataraxía, ‘calma’, ‘tranqüilidade’.] Substantivo feminino. 1.Hist. Filos. Nos vocabulários céptico e estóico, estado em que a alma, pelo equilíbrio e moderação na escolha dos prazeres sensíveis e espirituais, atinge o ideal supremo da felicidade: a imperturbabilidade.
[Cf. apatia (3), aponia, atambia e eutimia.] 2.Tranqüilidade, serenidade. 3.Apatia, indiferença: “Se tinha [Fernando Pessoa] horas de imensa euforia, .... a maior parte do tempo passava-o prostrado, numa ataraxia búdica” (João Gaspar Simões, Vida e Obra de Fernando Pessoa, p. 650).

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- Você está bem?
- Isso é coisa que se pergunte?
- Nunca se sente só?
- Só entre as pessoas!?
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carolina

Substantivo feminino. 1.Bras. S. Bot. Árvore inerme, da família das leguminosas (Adenanthera pavonina), de casca e folhas com propriedades medicinais, flores amarelas dispostas em racimos axilares ou paniculados, no ápice dos ramos, e cujos frutos são vagens estreitas com sementes lenticulares, vermelho-escuras. Fornece madeira escura, compacta, com veias onduladas e pequenos poros, usada em marcenaria de luxo.


um texto em busca de um título.

Quanto tempo dura um olhar???
E a compreensão do mesmo olhar???
E a lembrança deste olhar???
E os efeitos do mesmo...???

Quanto esse olhar pode tomar do meu tempo???
Quanto eu devo permitir ser tomado???
De quando em quando esse olhar pode me lembrar???
Os efeitos do mesmo...???

Olhar retórico???
Perguntas compatíveis???

Com quantas perguntas obtenho meu sono???
Com quantas respostas construo minha certeza???
Só a certeza me basta pra esse olhar???
E pros efeitos do mesmo...???


"(num gostei do texto não, mas é o q to sentindo... relevem o excesso de pontuação.)

Longa jornada noite à dentro (ou à fora???) ... não repetirei.
Aliás, owwww costumezinho de quebrar a cara e desistir logo em seguida..."

sábado, maio 05, 2007

Ninguém sabe pq me entendo triste.
E nessas tardes de céu tão cinza me sinto em casa, criança outra vez.
Meu céu pueril é assim.
Minhas mais remotas lembranças têm por fundo um céu cinza.
Eu não preciso enfeitar nem criar essas dores, saudades, amores...

Tardes com cheiro de sopa e saudades cor de chumbo.
Vozes que não mais acariciam meus ouvidos... Ternura impossível de recuperar.
As vozes de hoje retomam, embora cortadas e distorcidas de carinho...


17:32