Danae

Danae
Klimt, Gustav

terça-feira, agosto 28, 2007


Ok, eu precisava postar isso aqui.
Talvez você não faça idéia da importância que essa conversa teve pra mim ...
Pro meu dia, pra minha tarde, pro meu coração ...


>MiGuEl RuDe diz:
ia dizendo q é emo
>MiGuEl RuDe diz:
reclama demais pq é frouxa
>MiGuEl RuDe diz:
pedala carol!
(...)
>MiGuEl RuDe diz:
eu peço q galgue os degraus
>MiGuEl RuDe diz:
mas vc acha q elevador nunca vai dar defeito


Sou mesmo alguém que não sabe amar e que vive em busca de um amor de verdade mas que é pura invenção. Amor que nunca irei encontrar porque é puro fruto da minha cabeça. Melhor mesmo eu desistir... Ao menos por enquanto.
Sei que não é o que você me disse pra fazer, mas... Sou FROUXA!!!

sábado, agosto 25, 2007

quando não se sabe mais nada ...


A gente se acostuma com o que idealiza
e é difícil aceitar a realidade dos nossos sentimentos.
Quase não me conheço,
muito pouco sei de mim.
Me assusto e redescubro a cada instante.

Cada vez possuo menos convicções.

(...)

Não sei se me compreendes.
Que minha distancia é pra eu poder respirar.
Que tudo que evito é tudo que quero tocar
...


___________________________
“Eu tenho medo do inefável,
medo do que é instável,
medo do beijo que eu não dei (...)
medo, falhas, navalhas no espelho”

quarta-feira, agosto 22, 2007

Lições sobre o silêncio

Silenciar o que calo aqui dentro
É tarefa de carpinteiro.
E você não entenderia, não, não entenderia.

Tão difícil quanto compreender o sentido real de ‘calar’ ...

Ao mesmo tempo baixar a voz,
ao mesmo tempo penetrar, transpor, atravessar, invadir.

Abro calas ao som que me transpõe.
Baixo o som – pra fora – do que me invade, penetra.
Gravo com dedos e anzóis as linhas de corte do meu silêncio.

Imponho meu silêncio aos seus ouvidos.
Abafo e transponho para mim todos os sentidos.

Cala-me n’alma esse som batido,
silencioso e oco da palavra caindo ao chão.


Encontro assim, portanto a minha definição de agora para ‘calar’:
Imprimir n’alma a palavra que não sairá mais da boca.



... .. . ... .. . ... .. . ... .. .
Calar¹
Do lat. vulg. *callare, ‘baixar’, esp. ‘baixar a voz’,
Calar²
Do lat. calare, ‘fazer baixar’, ‘fazer penetrar’, gr. chalãn, ‘soltar’, ‘baixar’



quinta-feira, agosto 16, 2007

... um pouco mais de paciência

Ô coisa doída é matar um sentimento!!!
A gente morre um bocado ...

Resta agora procurar onde ainda há vida aqui.


...

"mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
a vida não para"

segunda-feira, agosto 13, 2007

E eu que jurava que estava esquecendo ... ou Ao Homem de Lata ou Já que eu não aprendo.


Eliminar lembranças.
Naquela caixa vou guardar
todas as que ainda me causam saudades.
O primeiro olhar com cheiro de espiga de São João.
A primeira noite que traçou sem piedade e pressa nosso fim.
A primeira saudade que de tão guardada já eu nem recordava mais.

As primeiras reais palavras.
A minha primeira convulsão no peito.
A primeira vontade de desistir ...
Seguida do primeiro encontro de lábios.
A primeira despedida.
E toda a conquista ... Displicente, para ambos???
Todo o despertar do desejo ...
E toda a necessidade ...
Toda a falta ...
Toda a contínua e aflitiva vontade.
E todas aquelas (estas) lágrimas também.

Dobro e ponho no fundo da caixa
(nada de ordem cronológica)
nossos corpos deitados lado a lado,
o cheiro da sua pele,
seu rosto de criança ao dormir,
sua respiração ...

Elimino as lembranças do meu dia-a-dia
e guardo-as muito bem conservadas nesta caixa.
Em meu peito não cabem mais tantas recordações
sua saudade ocupou mais espaço do que havia.

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sexta-feira, agosto 03, 2007

Homicídio amargamente qualificado

foto by: Gilson Rodrigues

Estou ao pé de minha dor
Derramo agora por ela minhas derradeiras lágrimas.
Estou ao pé de seu jardim (jazigo).
Não que ela esteja agora morta,
mas a estou sepultando.
Não sei bem ao certo ainda se quero mesmo mata-la.
Quero olhar um longo tempo para esta dor
e vê-la pouco a pouco morrendo,
lentamente, pelas mão de um algoz desconhecido..

Aparecerão os primeiros fios de cabelos brancos
em minha esperança.
Quase nada de certeza.
Quase nada de paixão.
Quase nada de misterioso e bom nesta vida.
Mas esta é a vida.
A única vida que tenho.

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