Danae

Danae
Klimt, Gustav

sábado, julho 31, 2010


O que é isto que não sabe se mora, vai embora ou pede carona?
Difícil ser pós moderna com tanto coração em jogo.
Ao menos a poesia ainda não soprou.
Ou é um consolo ou sinal de que mesmo ela desistiu de me fazer entender.
Devia ser pior no século XVIII [?]
Dizem que hoje nós temos escolhas.
Quem disse isso mesmo?

Se alguém ainda freqüenta este espaço (fora eu e os 4 ou 5 visitantes diários) e a minha sugestão puder influenciar alguma coisa...


http://www.myspace.com/validuate
Ouçam!
Tudo que puderem.
Prestem atenção...
Num universo de lixos, cacas, gagas e biebers, ainda existem ostras premiadas produzindo pérolas reconfortantes... 

Vai ser bom assim lá no Piauí.

terça-feira, julho 27, 2010

Pra que servem as coisas lindas?

Eu devia não me preocupar, devia não anoitecer nas tardes frias, devia não doer quando sinto saudades.
Eu não devia tentar entender, não devia procurar explicar, não devia recusar a esquecer.

domingo, julho 25, 2010



Me perdi, me perdi, me perdi...
Era tudo o que sussurrava entre dentes em minha cabeça (quando algo conseguia ocupar minha mente), além da explosão do momento.
Eu gostaria mesmo de me perder mais e mais e mais. E quando não parecesse mais possível, continuar perdida ali, no momento/espaço tão seguro quanto um abismo, tão quente e gostoso como mais nada soube ser.


Decidir resistir a um desejo tão grande requer inúmeras estratégias de fuga. Admito ter batido vários recordes de resistência, e haja criatividade... Mas alguns mistérios nos buscam com tamanha insistência ou seriedade que nos faz encarar o inevitável [?]
Resta saber como agir depois de sucumbir. Restam agora as perguntas que já me fazia... Embora as respostas não tenham a menor importância...

Amarrada no insondável desejo que não se cala
Calada pela boca que colada, me afogava
Explodi incontáveis fogos e por artifício
fui inteira, caí fundo e não consigo retornar ao antes.

sábado, julho 10, 2010




Às vezes pensamos que até poderia ser se fosse (verdade). Mas que é três vezes imensamente melhor quando não era e não é e nem nunca será, porque nunca fora (verdade).
Não há mágoas, nem dores (até pensei que houvera...), nem sequer frustrações. O que eu queria era tão distante assim do que obtive? Definitivamente não.
Eu só não gosto de mentiras.
Diga pra mim com um sorriso no rosto “Quero te tomar algo e sair correndo” Que de repente eu até te dou (ou deixo que “roubes”). Mas não me prometa recompensas. Mesmo que eu não as queira e sequer tenha pedido. Não prometa, não jure, não declare. Não pise o chão da mentira quando estiver caminhando até mim.
O que eu sou capaz de fazer? Muito, muito mais do que eu mesma sei. Mas o que eu gosto mesmo é de dar as costas pra uma boa mentira e sair assobiando com passadas de Carlitos. Porque não há o que lamentar ou remendar quando nada há.

PS: Colocar no caderninho "Urubú tem asas, mas num é anjo não" (;

sábado, julho 03, 2010


Não olhe muito bem para sua dor. Olhe com os olhos vesgos ou busque um foco mais embaçado. Aquele com o qual você, míope e astigmático de quatro graus e meio, uma vez sem os óculos, numa noite escura e de chuva, vê as luzes dos carros que passam pela rua. Ver embaçado ajuda muito quando se trata de dor. Lembrar da dor como algo impreciso, distorcido, faz dela algo menos assustador. É um avesso do olhar de Quixote; você enxerga meros moinhos de vento onde deveria haver gigantes.

sexta-feira, julho 02, 2010

A volta do que em mim não se foi



 Como faz pra lidar com toda essa mediocridade da vida e das relações? Onde foi parar meu olhar positivo? Ele estava aqui agora mesmo. Ainda sinto seu cheiro. Não sei por onde saiu. Ainda sou tão influenciável assim pelas pessoas? Eu me achava imune há duas horas. Estou louca? Por favor, alguém me fale, porque não consigo mais discernir sobre o que eu vejo, ouço e sinto. Alguém bata forte em meu rosto, me faça sentir gosto de sangue, assassinem alguém na minha frente pra me mostrar o que realmente faz doer. Por que isso aqui não é dor. Tem qualquer outro nome que minha demência momentânea não me permite encontrar no dicionário. Eu não entendo, não enxergo. Onde (quem eu até pouco era) estou? Será que ainda me falta moer tanta pedra até me tornar matéria semelhante? É orgulho ferido toda essa agonia na boca do estomago e esse gosto indecifrável na garganta? Quantas voltas ainda dar pra cair e do chão passar? Haverá a derradeira?
Preciso vomitar minha alma. Agora!