Danae

Danae
Klimt, Gustav

quarta-feira, junho 30, 2010



Dando o primeiro passo...
Um, dois, três...

sexta-feira, junho 25, 2010



 "O que é que dizem dos opostos mesmo!?
Nem quero pensar... Sentir é tudo que me faz bem."


Encontro
[ Maria Gadú ]
 
Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim, sim


Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir

Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você


http://www.youtube.com/watch?v=NV_7sQ6jhxY

quarta-feira, junho 23, 2010



Gostaria que alguém me dissesse que eu posso me sentir assim tão leve sem medo que estourem o balão da minha alegria.

domingo, junho 20, 2010

sábado, junho 12, 2010



Partiste e não vou ficar aqui olhando pros espaços vazios. [Readequei os móveis dentro de mim.] Nem vou desfilar de braço dado com a tristeza. Nunca estive com tão pouco medo da minha solidão. Por isso acredito que estou pronta pra ficar acompanhada. Mas comigo nada é a jato. Nem paixão, nem comida, nem sequer as decisões. 
[Se me tocar com calma e vontade. Puder esperar o momento dos olhos fechados pra não falar nada e apenas sentir. Se puder sentir. Poderei estar ao seu lado. Mas antes de tudo estou comigo. E estou muito bem, obrigada.]
Sentimentos na temperatura certa. Estou morninha e solta na poltrona, pernas esticadas sob o puf alto e macio. Meus braços estão separados, nada impede um abraço. Meus lábios gostam muito de beijo, minha boca deseja mordidas e saliva quente. Mas também posso ficar aqui, ouvindo Billie e bebendo meu café. Posso ir até aí. Mas também posso ficar.

quinta-feira, junho 03, 2010



"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo."

Um Sopro de Vida (Pulsações) - Clarice Lispector
Editora Nova Fronteira, 1978
3ª edição