Danae
sábado, fevereiro 09, 2008
"... molha meu olho que não vê"
Sinto-me tão preza dos meus sentimentos
e eles tão certos e fincados como Baobás enraizados em minha lucidez.
Libertamente presa às coisas que se mostram tão certas embora erradas.
Comprometida com certezas que não busco ter.
Tocada por mãos distantes e internas.
Beijada pelas lembranças dos meus lábios em sua boca.
Acesa por um sopro de pecado tão puro e natural.
Navegada por seus dedos/barcos atracados aos meus seios.
Inundada por seu mar/saliva/gozo, espuma doce e quente.
Corrompida por uma saudade oceânica e revoltosa.
Espancada por ondas monumentais de ausência e procura.
Penetrada por um sol que não me aquece.
Contemplada por uma lua que cotidianamente me abandona nua.
Carolina Miquelassi
13.12 / 00:33
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Um comentário:
ausência falante. A gente fica até surdo/a de tanta dor nos ouvidos.
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