Danae

Danae
Klimt, Gustav

segunda-feira, junho 09, 2008




Parece liberdade, parece fuga.
Parece doença e há quem diga que é cura.
Parece moda ou revanchismo.
Aceitação ou achismo?
Experimento ou encontro?
Perdição ou da partida o ponto?
Fim dos tempos ou retorno ao principio?
Precipício, ribanceira?
Fim da estrada, corredeira?
Ou bóia salva vidas pra tantas ditas que se perderam?
Perderam o paço, o tato, o juízo.
Perderam o tino e o gosto pela solidão.
Agarro o toque, o abraço, o amasso.
O gosto no que faço.
Eu te caço por aqui e guardo
Somente a água que não quiser me afogar.
Pra quem não tem o que procura
E acha que dura a vida um breve instante...
Avante à sua sede de carícia
Na pressa da vida não se reconhece o amante.
E é diante dessa dúvida que se perde, me perco,
Encontro, acho, a fonte.

Carolina Miquelassi

3 comentários:

Anônimo disse...

"Pra quem não tem o que procura
E acha que dura a vida um breve instante...
Avante à sua sede de carícia"

me traduziu!

Elaynne Camilla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elaynne Camilla disse...

O texto é ótimo... mas depois que vi a foto que o precede, digo que ela brilha de sensualidade bela que me deixa cega quanto as letras... Já tinha comentado o seu impacto. E cada vez que a vejo, parece que revela mais um pouco desse corpo.

"E é diante dessa dúvida que se perde, me perco,
Encontro, acho, a fonte."

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Apaguei antes pois tinha engolido umas letrinhas... Aff!

Bjim!