Danae

Danae
Klimt, Gustav

domingo, julho 25, 2010



Me perdi, me perdi, me perdi...
Era tudo o que sussurrava entre dentes em minha cabeça (quando algo conseguia ocupar minha mente), além da explosão do momento.
Eu gostaria mesmo de me perder mais e mais e mais. E quando não parecesse mais possível, continuar perdida ali, no momento/espaço tão seguro quanto um abismo, tão quente e gostoso como mais nada soube ser.


Decidir resistir a um desejo tão grande requer inúmeras estratégias de fuga. Admito ter batido vários recordes de resistência, e haja criatividade... Mas alguns mistérios nos buscam com tamanha insistência ou seriedade que nos faz encarar o inevitável [?]
Resta saber como agir depois de sucumbir. Restam agora as perguntas que já me fazia... Embora as respostas não tenham a menor importância...

Amarrada no insondável desejo que não se cala
Calada pela boca que colada, me afogava
Explodi incontáveis fogos e por artifício
fui inteira, caí fundo e não consigo retornar ao antes.

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