Danae

Danae
Klimt, Gustav

sexta-feira, julho 02, 2010

A volta do que em mim não se foi



 Como faz pra lidar com toda essa mediocridade da vida e das relações? Onde foi parar meu olhar positivo? Ele estava aqui agora mesmo. Ainda sinto seu cheiro. Não sei por onde saiu. Ainda sou tão influenciável assim pelas pessoas? Eu me achava imune há duas horas. Estou louca? Por favor, alguém me fale, porque não consigo mais discernir sobre o que eu vejo, ouço e sinto. Alguém bata forte em meu rosto, me faça sentir gosto de sangue, assassinem alguém na minha frente pra me mostrar o que realmente faz doer. Por que isso aqui não é dor. Tem qualquer outro nome que minha demência momentânea não me permite encontrar no dicionário. Eu não entendo, não enxergo. Onde (quem eu até pouco era) estou? Será que ainda me falta moer tanta pedra até me tornar matéria semelhante? É orgulho ferido toda essa agonia na boca do estomago e esse gosto indecifrável na garganta? Quantas voltas ainda dar pra cair e do chão passar? Haverá a derradeira?

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