fugit, fugit...
O tempo presente se alonga.
Vive-se sem fim. Sem fundo.
Não corre, pois é
corrido. Corroído,
seguro pela fé(rugem).
Longo presente vivido,
curt(id)o. Ao sabor do vento
o tempo. Transpassa
o passado, mas não enlaça
as mechas do porvir.
Viver o tempo metade
Pra não perder sua areia
Segura na mão – saudade –
perdida no meio dos dedos
vertida no meio dos medos
de não viver de verdade
Carolina Miquelassi
PS:
O poema acima foi descaradamente e consentidamente plagiado
do poema Num sopro II.
E no dia de hoje ele me (re)caiu como uma luva cheia de formigas lava-pé.
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